segunda-feira, 23 de junho de 2008

Laranjas reunidas

Um clássico da política portuguesa são os congressos dos sociais-democratas. Se há imagem de marca da reunião magna dos laranjinhas são a imprevisibilidade e frases que ficaram na história do partido mas, também da democracia portuguesa.
Da surpresa, temos exemplos como a candidatura de Cavaco Silva a Presidente do Partido. Cavaco apenas entregou a lista de congressistas, na sua secção, minutos antes da hora limite para a sua entrega e foi ao congresso da Figueira da Foz fazer a rodagem do seu carro.
Frases aí temos várias. Luís Filipe Menezes considerou que se Durão ganhasse em 1995, o congresso seria graças a "sulistas, elitisas e liberais". Pedro Santana Lopes é, talvez, o autor que tem mais frases. Começa com "está escrito nas estrelas" quando questionado se iria ser Presidente do PSD, há muito tempo; continua com a sempre lembrada "Marcelo, agora nós!" e a última foi "Vou andar por aí!" quando se despediu do cargo que estava escrito nas estrelas que iria ocupar (as estrelas só não disseram por quanto tempo). Lembro-me também de um congressista do Alentejo que acordou (em plena madrugada) o congresso com a frase "as mulheres sociais-democratas são as mais bonitas do país, porque não têm celulite nem silicone". E há muitas mais. Se há coisa em que o PSD é rico, é em frases deste género.
O que esperar deste congresso? Não sei!
Manuela Ferreira Leite já mostrou que está de espingardas apontadas a Sócrates, Passos Coelho quer ocupar o seu espaço, mas ajuda-la-á e Santana Lopes andará ansioso para conseguir arranjar o seu "lugar ao sol".
Nestes congressos a frase "prognosticos só no fim do jogo" faz todo o sentido.

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